sábado, 27 de junho de 2009

Stalker - Сталкер

Poucos filmes possuem uma atmosfera como a de Stalker, de 1979. O longa russo, do diretor Andrei Tarkovsky é daquele tipo de filme que se vê e é impossível de não ficar intrigado e a fim de dar uma pesquisada a mais. Antes de falar alguma coisa, veja o trailer abaixo. Não vou análisar a obra, repleta de significações e uma das mais incríveis de todos os tempos, pois tem gente que já análisou muito bem aqui e aqui, por exemplo, melhor do que eu faria.



Pesquisando descobri coisas muito interessantes, que dão continuidade à mística do filme. As filmagens aconteceram nas instalações de uma usina nuclear abandonada na Estônia, e os três atores principais e o diretor, além de outras pessoas da produção, acabaram morrendo devido a tumores provavelmente causados pelas ruínas radioativas do local. Muitos consideram Stalker uma versão anterior, quase que uma "premonição" do desastre de Chernobyl na Ucrânia em 1986. Inclusive o jogo de computador S.T.A.L.K.E.R, lançado em 2007 e baseado no filme, tem seu cenário adaptado à Chernobyl. Outro detalhe curioso é que em uma das cenas pode ser visto um calendário com o dia 28 de dezembro faltando. Tarkovsky teve sua morte anunciada em 29 de dezembro de 1986, mas na verdade ele morreu no dia 28, 7 minutos antes da meia noite.

Teorias e coincidências a parte, Stalker não deve ser visto como um simples entretenimento, e é com certeza uma das maiores preciosidades cinematográficas que já vi.


“Quando o homem nasce, é fraco e flexível; quando morre é impassível e duro. Quando uma árvore nasce, é tenra e flexível; quando se torna seca e dura, ela morre. A dureza e a força são atributos da morte; a flexibilidade e a fraqueza são a frescura do ser. Por isso, quem endurece, nunca vencerá…”
Stalker

Irish Spirit


Na sequência da série O Bom e Velho Rock'n'Roll, segundo A Clockwork Orange, falemos sobre coisas irlandesas. Afinal, esse livrinho que serviu de inspiração ao nome do blog se passa na cidade de Dublin, capital da Irlanda. Além disso, quem não lembra da memorável cena do filme, onde o pobre vekio bêbado cantarolava Molly Malone, até ser interrompido para saciar a sede de diversão e violência de Alex e seus droogs? "In Dublin's Fair City, where the girls are so pretty. I first set my eyes on sweet Molly Malone..."

O bravo povo irlandês sempre se caracterizou pelo bom-humor e pelas piadas, pela rebeldia, pela queda por brigas e pelo elevado apreço por bebidas alcoólicas. A Irlanda nos faz lembrar de James Joyce e Family Guy. Então, como poderia esse blog não prestar homenagem à um povo com tantas virtudes?

A tradição musical irlandesa vem de tempos remotos. A música Celta (um controverso termo designado para classificar as músicas folclóricas da Irlanda e da Escócia) chegou aos Estados Unidos durante sua colonização e tem extrema influência sobre a música Hillbilly e a Country Music. Isso se deve ao massivo povoamento irlandês e escocês no Novo Continente. Os principais instrumentos desta música de raízes milenares são a gaita de fole, a flauta irlandesa, o violino, o acordeão, o bandolin e o banjo.

As primeiras bandas a eletrificar antigas canções populares celtas, como The Dubliners e The Clancy Brothers, podem ser consideradas influentes na origem do Celtic/Irish Punk.

Pois é, camaradas. O bastardo Punk Rock também deu um jeito de incorporar a música Celta. A banda escocesa The Skids, nascida em meio à explosão Punk de 1977, foi provavelmente a primeira a adicionar o tempero celta na música Punk, com o seu álbum Joy, de 1981. Outra banda punk irlandesa (mas estes vindos da tumultuada vizinha Irlanda do Norte) que merece ser lembrada são os Stiff Little Fingers. Conhecidos como o The Clash irlandês, sempre demonstraram um forte engajamento político em suas letras, onde condenavam a forma que irlandeses se matavam em confrontos entre separatistas republicanos (que queriam independência do Reino Unido para se unir à Irlanda) e legalistas (que apoiavam o regime inglês na Irlanda do Norte). No entanto, o SLF nunca foi marcado pela influência sonora da música folclórica irlandesa, fazendo um Punk Rock mais simples e visceral.


Mas foi com o inglês Shane MacGowan e seus The Pogues que essa nova fórmula começou a ser realmente levada a sério. Assim, os Pogues pode ser considerada a primeira banda genuinamente Celtic/Irish Punk. Shane MacGowan, que além da descedência irlandesa, morou alguns anos de sua infância no país, era o típico beberrão desdentado que esperamos que um irlandês seja. Ele diz que bebeu pela primeira vez aos 4 anos. Depois dos anos de glória da banda - que lançou pelo menos dois clássicos do gênero: Red Roses for Me (1984) e Run Sodomy & the Lash (1985) - MacGowan foi mandado embora dos Pogues por comportamento pouco profissional. Mas, ao mesmo tempo que levava um estilo de vida auto-destrutivo, sua bagagem cultural, seu conhecimento sobre história e nacionalismo irlandês, além de uma voz que "tocava o coração e a alma" (segundo o mítico apresentador Jools Holland), lhe proporcionaram o devido respeito e credibilidade no cenário Punk. A partir da música dos Pogues, uma leva de bandas seguidoras do estilo surgiu. The Men They Coudn't Hang, The Tossers, The Mahones...

Foi então formada, em 1996, uma banda norte-americana de descedentes de irlandeses, baseada em Boston e que levou o Irish Punk à um novo patamar, trazendo visibilidade e até mesmo popularidade ao gênero. Os Dropkick Murphys uniram o espírito rebelde e cervejeiro da música irlandesa com os ideais de orgulho da classe trabalhadora e o fanatismo por esportes, além de trazerem um som mais pesado que o de seus antecessores. Em outras palavras, o que os Dropkick Murphys fizeram foi pegar os elementos das primeiras bandas de Irish Punk e adicionar uma pegada Oi! à receita - e, de fato, a devoção à cultura Oi! é publicamente reconhecida pela banda. Surgia assim uma geração de grupos que mostraram a nova fuça, mais agressiva, do Irish Punk atual. Na cola dos Murphys, vieram o Flogging Molly, The Real McKenzies, Blood or Whiskey e Flatfoot 56, entre outras.


Um dos álbuns que melhor captaram a essência do som e do espírito dos Dropkick Murphys é o disco gravado ao vivo durante o St. Patrick's Day, o mais famoso feriado da cultura irlandesa ao redor do mundo. A música I'm Shipping Up to Boston ainda fez parte da trilha sonora do filme The Departed (no Brasil, Os Infiltrados), que trata sobre a máfia irlandesa residente nos Estados Unidos. A banda é formada por torcedores adeptos e fanáticos por seus clubes, algo não tão comum de ser visto nos Estados Unidos quanto o é na Europa e na América do Sul. Eles apoiam os três principais times da cidade de Boston: os Red Sox (baseball), os Boston Celtics (basquete) e os Boston Bruins (hóquei).

Para quem leu até aqui e sentiu um interesse maior não só pelo Celtic/Irish Punk, mas também pela música irlandesa em geral, eu sugiro uma escutada nas coletâneas Irish Drinking Songs e Irish Rebel Songs. A primeira aborda o lado festeiro, briguento e beberrão dos irlandeses, enquanto a segunda traz músicas rebeldes que tematizavam a luta política do povo. As compozições trazem temas como o apoio ao separatismo norte-irlandês, o republicanismo e o triunfo perante os dominadores britânicos. Estes, aliás, são sempre lembrados com os mais diversos e criativos "elogios" nas composições irlandesas.

A questão é: como não adorar um povo que acha que é melhor estar brigando à estar sozinho, que ignora qualquer coisa que não possa beber e que acredita que só não dominou o mundo porque bebem demais?
Eis aqui, então, uma justa homenagem do Musicplusvellocet à um dos povos mais afudês que já pisaram, demoliram pubs e beberam sobre a Terra. Quando tiverem a oportunidade de conhecer o país, o faça sem pestanejar. A hospitalidade irlandesa é famosa e o mundo inteiro a conhece. Exceto, é claro, os malditos ingleses!


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The Pogues - Rum Sodomy & the Lash (1985)
Dropkick Murphys - Live on St. Patrick's Day (2003), parte I
Dropkick Murphys - Live on St. Patrick's Day (2003), parte II
Flogging Molly - Drunken Lullabies (2002)
(VA) Irish Punk Drinking Songs
(VA) Irish Pub Songs
Whiskey in the Jar - 20 Great Irish Drinking Songs (2002), parte 1
Whiskey in the Jar - 20 Great Irish Drinking Songs (2002), parte 2
(VA) Irish Rebel Songs (1963)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Billie Jean no more!


Auuu...!
Hoje morreu Michael Jackson. Sim, ele mesmo! E, claro, você já sabia disso antes de ler aqui!
Não irei falar sobre a vida do cara, pois você já sabe. Não citarei cds, nem músicas e nem porra nenhuma, porque você já deveria conhecer o trabalho do pedófilo mais conhecido no mundo.
Ele que já foi homenageado com jogos, já apareceu em copo de refrigerante e dentre outras coisas mais, hoje Michael é história, e talvez purpurina!
Já que Michael se foi, agora é a hora de você aprender seus passos. Isso mesmo, mais do que nunca você vai poder apresentar para todos seus amigos o quão gay... digo, o quão Jackson você é. Aprenda o Moonwalk e dentre outros passos para você arrasar nas festinhas do seu apê e na casa dos seus amigos!
E, para quem curte o cara dançando, aqui vão alguns vídeos:

terça-feira, 23 de junho de 2009

Corte minha Conexão

O deputado Geraldo Tenuta Filho do DEM de São Paulo resolveu criar uma lei que de tão absurda, ele mesmo reconheceu: "sabemos que serão apontadas inconstitucionalidades no projeto, mas acreditamos que será, pelo menos, uma maneira de começarmos a discutir novas maneiras de ver o direito autoral na internet". Grande frase. Discutir "novas maneiras de ver o direito autoral" fazendo uma lei que, se aprovada, poderá cortar a conexão de internet dos usuarios que compartilharem músicas e vídeos. Um diálogo muito aberto. Depois da bizarrice de uma americana ser condenada a pagar quase 2 milhões por fazer download de músicas, mais essa. Seria até engraçado ver os provedores de internet obrigados a cortar a conexão de milhões de seus usuários. Certamente algo muito dentro da realidade.
Um argumento muito utilizado pelas pessoas que apóiam um maior controle e regulamentação do compartilhamento de arquivos é o de que a produção cultural vai ser desestimulada, pois o artista receberá menos pela suas criações. Algo que eu sempre pensei e que foi comprovado por uma pesquisa da Harvard Business School, é que o lucro maior dos artistas não é com venda de álbuns, pois a maior parte desse dinheiro vai para as gravadoras, que têm um faturamento absurdo. A maior fonte de renda dos músicos vêm de outros fatores como shows ou publicidade. Desde 2000, o lucro dos artistas com shows cresceu e a produção duplicou. Outro aspecto da pesquisa aponta que a indústria fonográfica está com seus ganhos melhor distribuídos. As gravadoras estão diminuindo os lucros enquanto empresas relacionadas ao mundo musical estão aumentando os seus.

Para os músicos espertos e que não fazem comparações idiotas pressionados pelas gravadoras, a internet deve ser vista como uma forte aliada. Ela facilita muito o acesso dos fãs às suas músicas, aumentando o reconhecimento se sua música for realmente boa. Este é um fator que me agrada muito. Percebe-se uma crescente(embora ainda não tão grande assim) despadronização da música. Com mais espaço para bandas independentes e diferentes não somos forçados a ouvir sempre a mesma coisa ou o que é "comercialmente viável". Para mim esse seria um dos maiores frutos do novo modelo de produção musical que as gravadoras teimam em tentar frear. Cada um teria a liberdade de escolher o que escutar, o mainstream seria mais amplo e não tão controlado pelas mesmas empresas e visões de sempre.
Talvez seja uma idéia utópica, mas vejo como uma realidade cada vez mais próxima se pessoas totalmente fora do contexto como o nosso camarada Bispo Gê Tenuta forem gentilmente convidadas a se antenar no que acontece no mundo e nas mídias.

Deixo como sugestão o documentário STEAL THIS MOVIE (Roube este Filme), que ajuda a entender o contexto disso tudo.

domingo, 21 de junho de 2009

O mago do rock'n roll


Em 14 de abril de 1945 na cidade de Weston-Super-Mare, Inglaterra, nascia um dos guitarristas mais virtuosos da história do rock, que traria ao mundo algumas das bandas mais famosas de uma geração, tanto direta como indiretamente, e é agora alvo deste post.


Richard Hugh Blackmore, ou como ficou conhecido no mundo da música, Ritchie Blackmore, teve sua iniciação na música ainda cedo, quando aos 10 anos seu pai lhe comprou um violão e lhe deu algumas aulas de violão clássico. Sem muito talento Ritchie não progediu muito no instrumento, até que aos 13 anos de idade seu pai ameaçou quebrar o violão na sua cabeça caso não aprendesse a tocar direito. Funcionou.

Após ficar muito tempo tocando em orquestras e igrejas, Ritchie recebeu o chamado do rock'n roll. A a partir daí tocou em bandas como Heinz & Wild Boys, Screaming Lord Sutch (por onde também passaram Alice Cooper, Jimmy Page e Tom Jones), The Outlaws, Glenda Collins e BOZ. Finalmente em 1968 juntamente com Rod Evans (vocalista), Nick Simper (baixo), Jon Lord (teclados) e Ian Paice (bateria) Ritchie fundou Deep Purple. Não muito tempo depois Rod e Nick foram substituidos por Ian Gillan (vocalista) e Roger Glover (baixo) e com essa formação a banda criou albuns memoráveis.

Talvez para os menos conhecidos da banda somente hits como Smoke on the Water e Burn, mas algumas músicas como Black Night e Strange Kind of Woman também fizeram os corações dos fãs. Em 73 Ian Gillian e Roger Glover deixaram a banda para seguir carreira solo, ou em outras bandas, e foram substituídos por David Coverdale e Glenn Hughes respectivamente. A partir desse momento os problemas de Ritchie começaram. Em 74 no California Jam(talvez um dos melhores shows da banda) Ritchi se recusou a entrar na palco depois de bandas como Black Sabbath e Eagles, pois os efeitos de luz planejados para o show não funcionariam naquele horário. Incrivelmente irritado, Ritchie foi arrastado ao palco pelo xerife local, mas não deixaria a situação passar tão fácil. Durante a apresentação Ritchie quebrou diversas de suas guitarras, explodiu alguns amplificadores e jogou tantos outros para fora do palco, e para desespero dos organizadores destruiu uma camera no valor de 12 mil dólares. Ao fim do show a banda fugiu da ira dos produtores da ABC em um helicóptero e tudo ficou nisso mesmo.

Não muito tempo depois Ritchie largou a banda e criou o Ritchie Blackmore's Rainbow, vulgo Rainbow, que seria a banda perfeita do guitarrista. Nunca o Rainbow teve uma formação igual por muito tempo, o desafeto de Ritchie com os membros da banda fazia com que sempre a banda mudasse de integrantes e também de estilo. Desse rodízio de músicos nomes como Dio, Cozy Powell e outros fizeram sucesso em bandas como Black Sabbath e no caso de Cozy, na banda de Jeff Beck. Quando a banda atingiu o seu ápice comercial Ritchie decidiu terminar com o projeto e em 1980 voltou para o Deep purple junto com Roger Glover(que também tocou no Rainbow) para um dos grandes momentos da banda.



Após alguns albuns feitos Ritchie se desentendeu com Ian Gillian e a banda perdeu seu guitarrista. Em 1997 Ritchie se juntou com Candice Night - sua companheira - e fundou o Blackmore's Night, uma banda completamente fora do estilo rock'n roll pregado por Ritchie e agora com uma vertente renascentista que dura até hoje. Talvez uma das piores decisões de Ritchie, embora a banda tenha um repertório de grandes músicas e é parte importante para se entender a trajetória desse grande músico.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

The Ventures

  • Morreu Bob Bogle (não sei o dia, pois nem os sites que eu pesquisei chegam a uma conclusão, mas o fato é que o cara morreu) Você sabe quem é, ou melhor, quem era esse rapaz? Bem, eu não sabia.
    Bob Bogle era guitarrista da banda de surf rock The Ventures.
    Antes de falar um pouco sobre Bob Bogle, falarei sobre a banda, e acabarei falando somente sobre a banda, pois a preguiça é grande.
    The Ventures é uma banda instrumental estadunidense formada em 1958, em Tacoma, Washington. É conhecida por seus clássicos Walk Don't Run, Surf Rider, Journey To The Star, Driving Guitars, Yellow Jacket e Bumble Bee Twist.
    Com certeza você já escutou tais músicas em algum filme ou algo relativo. Eu conheci “Bumble Bee” em um filme da Disney. Nesse filme havia abelhas, creio que por uma grande coincidência, e outras coisas que não lembro. Mas, bem, o que importa é que rolou toda aquela nostalgia e tal. Até tentei procurar o filme, mas sem sucesso!
    A música “surf rider” foi usada no filme Pulp Fiction, daquele rapaz desconhecido chamado Tarantino “O racista”.
    A banda começou de maneira independente, tocando em pequenos bares. Na época, compuseram e gravaram "Walk Don't Run", um de seus maiores sucessos, mas nenhuma gravadora se interessou pelo som. A solução encontrada foi fundar uma pequena gravadora, a "Blue Horizon Records". Trabalhando como seus próprios produtores, gravaram a música em formato single em vinil de 45 rpm e começaram a se auto-promoverem.
    A Banda produziu mais de 200 álbuns em CD, 250 àlbuns em formato LP e 150 (45rpm) compactos (haja saco para gravar tanta coisa!) . Mais de 110.000.000 de unidades vendidas. 40.000.000 somente no Japão.

Para quem quiser conhecer a banda, aqui vai alguns links (creio que alguns sejam coletâneas com o nome de álbuns, alguns expiraram, alguns morreram pelo caminho, outros pararam para tomar uma cerveja, mas tá valendo):

The Ventures – Walk don’t Run (1960)
The Ventures - 1962 - Bobby Vee Meets The Ventures
The Ventures – Guitar Freakout

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Hunter Thompson - plus Baldwin



Quem ainda não leu ou assistiu "Medo e Delírio em Las Vegas", certamente está perdendo a chance de viajar com um dos maiores clássicos da contracultura. O livro escrito pelo Doutor-chapatin Hunter S. Thompson, originador e grande difusor do jornalismo gonzo - um tipo de narrativa jornalística em que os fatos são vistos de maneira subjetiva, com envolvimento do narrador e observados a partir da percepção do mesmo - consegue ao mesmo tempo nos deixar freqüentemente perdidos na história e nos prender de uma maneira incrível. Nos diversos momentos em que os fatos parecem desconexos, embarcamos junto com Raoul Duke(Hunter Thompson) e suas manias de perseguição, chapas muito loucas e impulsos nervosos. Fica difícil distinguir o que é real e o que vem da mente sempre entorpecida sob forte efeito de drogas como mescalina e LSD, só pra não falar muito. Apesar de à primeira vista parecer quase impossível, o filme de 1998, dirigido por Terry Gilliam, conseguiu fazer uma adaptação fora de série para o cinema. Li o livro antes de ver o filme, e este último superou minhas expectativas, contando com Johnny Deep como Thompson e Benicio del Toro como o advogado "Dr. Gonzo".

Um cara que provavelmente curtiu o livro e o filme ainda mais que eu foi o designer americano de 23 anos Johnathan Baldwin. Ele criou um jogo de tabuleiro inspirado nessa viagem psicodélica, que conta até com uma maleta cheia de drogas, exatamente como a do nosso amigo Hunter. Pra desgosto de alguns mais adeptos, as drogas são apenas fictícias, mas nada impede(exceto as leis do nosso país) que você torne essa ficção um pouco mais real...
O jogo está à venda no ebay por um preço inicial de 200 dólares. De acordo com o site, o produto é único e não serão produzidos mais exemplares.

Clique na imagem para ampliar

Pra finalizar(e também fugir completamente do assunto), eu não podia deixar de postar um curta que me mostraram hoje. Valem a pena os poucos minutos. Taí: Spider.

Em busca do Sonho Americano, um abraço ácido a todos!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Soundtracks - a alma do negócio

Depois de muito pensar, cheguei a conclusão de que as trilhas sonoras (soundtracks) são a alma de um filme.Tais,assim como a alma, sã aquele elemento escondido e às vezes quase subliminar, e porque não sublime,que,uma vez retiradas de um filme acabam com o mesmo.Se por exemplo, Born to be Wild fosse retirada do início de Easy Rider,talvez toda a mística e grandiosidade do filme seria ofuscadas, nada seria mais apropriado para o momento do que aquele Ôde à estrada e ao espírito livre e rebelde.
Já dentro desse pensamento, imagino quem será tal pessoa que tem tamanha tarefa de escolher as músicas que servirão de trilhas para um filme, e talvez antes mesmo de completar esse pensamento, peço para que o leitor assíduo preste atenção ao nome dado a tais músicas.Ora pois, são trilhas pelo amor de Deus! E o que são trilhas senão aquele guia indispensável para que algo de certo. Sigamos em frente. O encarregado das trilhas talvez seja a pessoa com a maior carga de responsabilidade dentro de uma produção áudiovisual. Seja participante de um filme épico, ou de algum pornô barato vendido por 5 reais no Centro, a escolha correta de uma música pode ser crucial para o sucesso de um filme.Exemplos poderiam ser citados aos montes,mas no momento uma hipótese parece rondar a minha mente. O que seria de Star Wars, e especialmente do personagem Darth Vader, se nas suas aparições fantasmagóricas a música Thriller de autoria do pedófilo de plantão Michael Jackson fosse utilizada? A idéia me dá calafrios.

domingo, 14 de junho de 2009

Mods vs Rockers, ready... FIGHT!

Como o nosso blog faz referência ao livro/filme A Clockwork Orange, e já que a vida imita a arte que imita a vida... nada mais justo falar sobre aquilo que o próprio Laranja faz referência!

Pra começo de coversa, o título A Clockwork Orange vem da expressão cockney (sotaque e tipo suburbano de Londres) "as queer as a clockwork orange” ou “tão estranho quanto uma laranja mecânica”. E toda aquela ultraviolência proporcionada pelas subculturas da juventude britânica e aquele ganguismo charmoso e saudosista, ainda que futurista, realmente aconteceram por toda a Inglaterra durante a década de 1960, especialmente no ano de 1964.

De um lado, os garotos de cabelos bem cortados, montados em lambretas ou vespas, trajando ternos italianos justíssimos, obcecados pelas tendências da moda, viciados em anfetamina e aficcionados pela música negra norte-americana (Jazz, Blues, Rhythm & Blues, a Soul Music) e jamaicana (Bluebeat e Ska). No início, eles eram provenientes de famílias que trabalhavam no ramo dos tecidos, mas logo espalharam-se entre todas as classes econômicas. O símbolo deles era um alvo com as cores do Reino Unido - o mesmo usado pela R.A.F. (Força Aérea Real britânica), Os Mods – abreviação para modernists – e suas preferências dominavam as rádios da Inglaterra naqueles anos. As principais bandas da época, comos os Kinks, os Rolling Stones e Animals - ainda que seus membros nem pudessem ser necessariamente classificados como Mods - expressavam em suas músicas a reverência à música negra dos Estados Unidos. Entre as bandas genuinamente Mods, algumas que merecem menção honrosa são os Small Faces, The Creation e The Action.

Alguns Mods ingressaram em escolas de arte e tornaram-se a ala intelectualizada do movimento. Alguns anos depois, estes (ex)Mods tiveram ligação com a cultura psicodélica da Swingin’London (1968). Outros, no entanto, continuaram nas ruas. Os Hard Mods foram aumentando cada vez mais o gosto por badernas e brigas. Houve um aumento na onda de imigração jamaicana e estes imigrantes passaram a ser vizinhos da classe trabalhadora - e dos Mods rueiros - nas periferias inglesas. Assim se deu o encontro entre a cultura Hard Mod e a cultura dos jovens Rude Boys jamaicanos - que só queriam se parecer com os mafiosos italianos que eles viam nos filmes de Hollywood. Deste encontro, a partir de 1969 começava a surgir a primeira onda skinhead.

Do outro lado estavam os mal-educados Rockers, os selvagens motoqueiros das ruas inglesas. De certa forma, tratava-se da versão inglesa da famosa gangue de motoqueiros norte-americanos Hell Angels. Se caractrizavam pela praticidade ao vestir jeans Levi's, camisetas brancas e jaquetas de couro. Eles tapavam o cabelo de gel e queriam ser como Marlon Brando em A Street Called Desire e James Dean em qualquer filme. Escutavam Elvis, Gene Vincent e Eddie Cochran. Alguns deles faziam parte dos antigos Teddy Boys – uma subcultura inglesa semelhante, só que da década de 1950. Os Rockers eram a antítese dos Mods, já que não se importavam com arte e outras “frescuras intelectuais”. Entre as motos favoritas dos Rockers, estavam a Triumph e a Norton. Eles vinham da working class, mas ao contrário de alguns Mods, não faziam questão de se desvencilhar dela e assim seguiam um estilo que “parou” no tempo – mais especificamente nos anos 1950. Para os Mods, eles eram grossos, bárbaros, sem classe. E tinham orgulho disso.

O termo Rocker abrange muitas culturas diferentes – do Rockabilly sulista dos Estados Unidos, passando pelos metaleiros Headbangers até os criadores do Reggae jamaicano – mas no caso específico dos Rockers ingleses, no fim dos anos 60 a cultura estava praticamente morta. Alguns viraram Hard Rockers ou Headbangers, surgindo assim bandas como o Deep Purple e o Black Sabbath e outros viraram hippies. No fim, ocorreu uma convergência entre antigos Mods e Rockers, que envelheceram e se uniram nos novos movimentos que começavam a surgir no Reino Unido (primeiro a Psicodelia inglesa e depois o Rock Progressivo, o Hard Rock e o Heavy Metal).
O que bem exemplifica esta nova tendência é a resposta de Ringo Starr à um entrevistador que questiona se ele é um Mod ou um Rocker. "I'm a Mocker!", responde de bate-pronto o simpático baterista bigodudo dos Beatles. Obviamente, sempre há exceções e alguns seguiram firmes e resistentes no estilo de vida mesmo com o passar do tempo. Na música, um exemplo disso é Crazy Cavan. Ele preencheu o vazio Rocker de quase uma década entre o fim dos anos 60 até o Revival Rocker, do fim dos anos 70.

Tanto o movimento Mod quanto o Rocker foram revividos junto à explosão do Punk Rock inglês (que já tinha um gene Rocker em seu DNA) em 1977. Agora com a influência visceral do Punk e dos seus 3 acordes, uma nova leva de Mods e Rockers surgia. O primeiro, representado por bandas como The Jam, Purple Hearts, The Merton Parkas e Secret Affair. O som dos novos Rockers seguia sendo o Rock’n’Roll americano dos anos 1950, mas agora também haviam novas bandas e artistas, como o próprio Crazy Cavan, Levi Dexter, Robert Gordon e um pouco depois, os Stray Cats. Ambos revivals eram mais que influenciados pelo Punk, eles faziam parte do boom Punk e também se misturavam ao Punk Rock. No fim dos anos 70 era uma putaria só, havia porrada de novos Mods com novos Rockers, Punks com novos Mods, Punks com velhos Rockers, Punks contra Skins, Skins contra Rockers...

Além de ter influenciado Burgress a escrever - e depois Kubrick a dirigir – A Clockwork Orange, outro filme que retratou os tumultos juvenis causados pela rivalidade foi Quadrophenia - este de forma mais fiel e direta que a obra de Kubrick. Enquanto o primeiro era a adaptação de um livro, Quadrophenia se baseia no álbum homônimo do The Who (legítimos Mods em seus primeiros anos). Na obra de Burgress e Kubrick, os droogs comandados pelo camarada Alex Delarge eram um tipo de gangue Mod do futuro enquanto a turma de Billy Boy representava uma espécie de Rockers. No filme/álbum Quadrophenia, o protagonista, Jimmy Cooper, é um típico Mod e o clímax do filme se passa durante um enfretamento entre gangues, na praia de Brighton.

Os principais palcos das brigas entre Mods e Rockers se davam nas ruas das grandes cidades inglesas, nos estádios de futebol e nos bank holidays – resorts em municípios litorâneos da Inglaterra, como a já citada Brighton, Clacton e Margate - onde a juventude ia passar os finais de semana. Seus confrontos viravam notícia nos jornais locais. Entretanto, hoje se sabe que a rivalidade entre eles foi muito alimentada e exagerada pela cobertura da sensacionalista imprensa britânica na época. Alguns estudos e pesquisas mostram que Mods e Rockers não fizeram mais bagunça que tantos outros movimentos, subculturas, gangues ou o como queiram chamar. É possível notar este tipo de comportamento oportunista da mídia até hoje, aliás.

Como the only thing that matters é música, o melhor que pode ser tirado de tudo isso é a sonzera que essa gurizada proporcionou ao longo daqueles anos. Então como a gente aprende em jornalismo que se deve escutar os dois lados da história, taí o link de seis discos importantes e representativos. Eis uma última peleia entre Mods e Rockers:

MODS:
(VA) The Decca Oirignal: The Mod Scene (1998)
The Creation - We Are Painterman (1967)
Secret Affair - Glory Boys (1979)

ROCKERS:

Gene Vincent & the Blue Caps - Bluejean Bop! (1956)
Crazy Cavan 'N' The Rhythm Rockers - Rockabilty (1975) (senha: digyourpony)
Stray Cats - Stray Cats (1975)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Um dia qualquer com uma pessoa qualquer!

Dia dos namorados. Presentear, receber o presente, ficar nu, essas coisas que sempre acontecem na sexta-feira e que hoje parecem ter um motivo especial para que tudo ocorra com muito amor, tesão e loucura!
Aqui vos fala um solteiro que não vê muito sentido nesse dia e que fica impressionado com o fato das mulheres solteiras darem tanta importância para um dia que poderia ser qualquer outro, mas, bem, não é sobre isso que eu gostaria de falar.
Como este blog foi feito para falar sobre música e diversas outras coisas, venho por meio deste postar músicas para os casais peculiares existentes na face da terra (e também para os normais, os chatos).
A minha lista segue uma ordem quase que cronológica sobre esse dia, supondo que o seu namoro comece hoje (não necessariamente isso) e que tudo que você faça estará ligado a certas canções. Bem, não sei se vou conseguir fazer tal “viagem”, mas tentarei.
Lá vai.
Você conhece a garota, por quem fica apaixonado, ou melhor, você é Jim Morrison(pois está altamente entorpecido) e conhece a garota dos seus sonhos. Prontamente, você a aborda de maneira surpreendente, cantando Hello, I Love you, ela lhe fala seu nome e logo a conversa vai rolando. Bem, esse não seria o único caso, porque você poderia chegar chapado para sua namorada, garota que você namora há anos, e cantar essa canção, pois, por algum motivo, você não lembra nada e nem sabe onde está.
Após essa abordagem, você, rapaz esperto, tentará levar a garota para casa (à sua casa), cantando Baby, let me take you home, e sem hesitar ela responderá que sim para você, como também dirá SIM e lhe conceder uma dança já dentro de sua casa. Ela mesma vai até o toca disco e coloca Yardbirds – Jeff’s Boogie . Você fica impressionado com a garota, que dança ao ritmo da música, e a pede em casamento. Nesse momento você lembra que isso é uma estupidez total, como quando você comprou um saco de cocaína e cheirou tudo em um único dia.Agora já é tarde demais, você se fodeu para o resto da vida. Mas, bem, o dia continua e você ainda não conseguiu o que queria.
A garota fica impressionada, realmente feliz pelo pedido e resolve mostrar o que sabe fazer na cama. Sim, ela é uma garota adorável e sedenta por sexo. Mas, antes ela quer fumar um baseado, pois ela curti Annie Hall e é quase como ela, só consegue se concentrar no sexo quando está drogada. Então, ela pede que você acenda o baseado para ela. Você aproveita e fuma o baseado com ela e aproveita para tirar a roupa, pois sabe que lá fora está chovendo o sexo será, enfim, efetuado.
O sexo rola a noite inteira e você quer que aquilo nunca se acabe.
Mas, bem, o sexo acaba e você logo tem que ir embora, pois seu amor ali acabou.
Bem, garotas, é triste dizer, mas isso acontece. Se as mulheres sabem enganar dentro de um relacionamento, o homem consegue enganar durante uma noite.
Feliz dia das pessoas que transam sem precisar pagar pelo serviço sexual logo após ele ser concluído.
Obs.: A preguiça me fez postar algo assim e procurar poucas músicas!

Di-du

Criancinhas curiosas, gulosas e irritantes. Muito chocolate. Lembrou algo? Não? E se falar também em anõezinhos psicodélicos cantando musiquinhas e trabalhando loucamente?

Acho que se me fizessem essa pergunta, eu não lembraria tão facilmente (bem, talvez sim, na parte dos anõezinhos psicodélicos.) Mas a questão é a Fantástica Fábrica de Chocolate, aquela com o Wonka, um rio de chocolate, o tal do Charlie, o vovô que levantou da cama e tal e tal. E porque eu to falando isso? Porque hoje (na verdade ontem, já é 1 da manhã), é o aniversário do Gene Wilder, ator que interpretou Willy Wonka na versão orignal do filme de 1971. A primeira atuação dele no cinema foi no clássico "Bonnie and Clyde"(que até ganhou paródia em um episódio nos Simpsons).


Aí está uma bela foto do ator com os alaranjados Oompa Loompas da fábrica. Tais criaturas que cantam canções bizarras e irradiam cores cinitlantes(e alguns dizem que andam por aí nas noites porto-alegrenses) são a melhor recordação que tenho da primeira vez que vi o filme. Apesar da grande atuação do Gene Wilder, as linhas "oompa, loompa, doompa di-du" foram que realmente me marcaram. Na época que vi o filme, ainda criança, me pareceu um filme além de muito instigante, muito sombrio. Afinal, o que aconteceu com o gordinho que caiu no rio? Mas isso não é algo ruim, pois libera nossa imaginação pra tentar descobrir os fatos, diferente da versão de 2005 do Tim Burton, que no final do longa mastiga as informações pra nós com muitos efeitos especiais. Essa, na minha opinião foi a pior parte dessa adaptação, sem falar nos oompa
loompas muito menos divertidos e fantásticos. Ponto positivo para a adaptação é o pirata-
delirante-de-las-vegas Johnny Depp(que aliás, também fez aniversário dia 9) no papel de Willy
Wonka, dando um toque a mais de sarcasmo.

Eu até poderia fazer um texto mais longo e com alguma conclusão, mas como to morrendo de sono e com uma larica desgraçada, me despeço e vou para a ceia, e depois cama.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Iggy Pop - Préliminaires


Inspirado no romance "A possibilidade de uma ilha", de Michel Houellebecq (que não faço ideia de quem seja), o roqueiro decidiu fazer um disco "francês", com música brasileira e calça jeans, apenas. A notícia não é tão recente, já que o cd do Coroa sem Camisa foi lançado no dia 25/05.
Iggy inicia sua fase de autoexílio do rock, uma espécie de clube onde certos senhores, como Bob Dylan e Robert Plant, cansados da mesmice roqueira passam a explorar as raízes do gênero.
Iggy entra no universo do blues, do jazz, talvez dele mesmo, fazendo lembrar músicas de trabalhos recentes ligados a música eletrônica(não dele, claro), (Party Time), músicas antigas (Nice to be Dead) , mas nada muito agitado, só fazendo lembrar, repito. Suas letras tratam de incompreensão, inaptidão e escapismo. Todas dentro da suas respectivas "chapas".
A primeira faixa, Les feuilles mortes, é do cantor Jacques Prévert, que curtia fazer jogos com as palavras, neologismos e essa coisa toda muito maluca. Eu não consegui entender nada da letra, mas, se depender do autor, a letra deve ter o seu valor. hehe
Ao cantar How Insensitive(Insensatez, Tom Jobim) Iggy não traz muita emoção (não sei qual tipo de emoção, mas uma "emoção") à música, fazendo com que a faixa não chame tanto a atenção no álbum.
Vale a pena baixar o cd, desde que você tenha dois becks fechados e fume antes de escutar. Caso contrário, o cd parece muito tranquilo e foge do espírito roquenrousemcamisaecocaína que Iggy Pop haveria de ter. Mas, convenhamos, comparações não devem ser feitas. O trabalho do cara é muito foda e, para um velho cansado, e cansado mesmo, o cd tá muito bom!
Não deixem de escutar King of the Dogs, música que eu achei mais foda. Anos 20 total!
Quem quiser baixar, está aí!
01.Les feuilles mortes
02.I Want to Go to the Beach
03.King of the Dogs
04.Je sais que tu sais
05.Spanish Coast
06.Nice to Be Dead
07.How Insensitive
08.Party Time
09.He’s Dead / She’s Alive
10.A Machine for Loving
11.She’s a Business - 12.Les feuilles mortes (Marc’s Theme)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Skatalites em POA

Pra iniciar os posts, "The Founding Fathers of Ska"!

Apesar da foto de celular mal tirada, o show do Skatalites em Porto Alegre mostrou o melhor da lendária banda jamaicana. Com 3 de seus integrantes remanescentes da formação original, o baterista Lloyd Knibb, Lester Sterling no alto sax e a grande Doreen Shaffer no vocal, a banda manteve o público em êxtase do início ao fim com clássicos como "Freedom Sounds" e "Latin Goes Ska". De quebra, "54-46 (That's My Number)" do Toots & the Maytals ditou o coro: "Give it to me one time! Give it to me two times!" O espetacular Cedric "IM" Brooks tocando seu sax com um sentimento do fundo da alma fazia a música parecer a única coisa que importava na vida. Deu gosto de ver.


Seguindo a turnê, o Skatalites ainda toca em Buenos Aires, Montevideo e Bogota na América do Sul. Depois, segue para a Europa.

Um domingo perfeito. Cerveja, Sax, Skatalites! I'm in the mood for Ska!