
Inspirado no romance "A possibilidade de uma ilha", de Michel Houellebecq (que não faço ideia de quem seja), o roqueiro decidiu fazer um disco "francês", com música brasileira e calça jeans, apenas. A notícia não é tão recente, já que o cd do Coroa sem Camisa foi lançado no dia 25/05.
Iggy inicia sua fase de autoexílio do rock, uma espécie de clube onde certos senhores, como Bob Dylan e Robert Plant, cansados da mesmice roqueira passam a explorar as raízes do gênero.
Iggy entra no universo do blues, do jazz, talvez dele mesmo, fazendo lembrar músicas de trabalhos recentes ligados a música eletrônica(não dele, claro), (Party Time), músicas antigas (Nice to be Dead) , mas nada muito agitado, só fazendo lembrar, repito. Suas letras tratam de incompreensão, inaptidão e escapismo. Todas dentro da suas respectivas "chapas".
A primeira faixa, Les feuilles mortes, é do cantor Jacques Prévert, que curtia fazer jogos com as palavras, neologismos e essa coisa toda muito maluca. Eu não consegui entender nada da letra, mas, se depender do autor, a letra deve ter o seu valor. hehe
Ao cantar How Insensitive(Insensatez, Tom Jobim) Iggy não traz muita emoção (não sei qual tipo de emoção, mas uma "emoção") à música, fazendo com que a faixa não chame tanto a atenção no álbum.
Vale a pena baixar o cd, desde que você tenha dois becks fechados e fume antes de escutar. Caso contrário, o cd parece muito tranquilo e foge do espírito roquenrousemcamisaecocaína que Iggy Pop haveria de ter. Mas, convenhamos, comparações não devem ser feitas. O trabalho do cara é muito foda e, para um velho cansado, e cansado mesmo, o cd tá muito bom!
Não deixem de escutar King of the Dogs, música que eu achei mais foda. Anos 20 total!
Quem quiser baixar, está aí!
01.Les feuilles mortes
02.I Want to Go to the Beach
03.King of the Dogs
04.Je sais que tu sais
05.Spanish Coast
06.Nice to Be Dead
07.How Insensitive
08.Party Time
09.He’s Dead / She’s Alive
10.A Machine for Loving
11.She’s a Business - 12.Les feuilles mortes (Marc’s Theme)
Mas quanta apologia às drogas, só faltou citar o cd da Xuxa como alucinógeno.
ResponderExcluirE Michel Houellebecq é um escritor francês, ele escreve como os poetas byronianos, mas de uma forma mais atual.