sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Faith no more

Ça va, cambada que visita o blog!
Todos conhecem Faith no more, sim, todos conhecem, eu sei!
Muito feliz estou, pois, dia 3 de novembro, faith no more tocará em Poa. E eu espero estar presente nesse show muy loco.
Como não prezo pelo conteúdo e, sim, pelos discos que aqui posto. E se é que essas vírgulas foram colocadas devidamente.
Vai aqui uma colher de chá, ou um copo de ceva. Como preferir/quiser!

Senha(para todos albuns): www.chilewarez.org

We care a lot - 1985
Introduce yourself - 1987
The real thing - 1989
Angel Dust - 1992
King for a day... Fool for a lifetime - 1995
Album of the year - 1997

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Scorsese trabalha em nova série de TV

Vejam só, Martin Scorsese gosta mesmo de falar de máfia. Bom pra nós, ao menos pra mim, que curto pra caralho filmes como Goodfellas e Casino!

Junto com Mark Wahlberg, Scorsese vai produzir a série de TV Boardwalk Empire, que fala sobre a formação de Atlantic City, cidade de New Jersey conectada a elementos mafiosos na época da lei seca.


Steve Buscemi, Michael Shannon, Michael Pitt, Kelly Macdonald e Stephen Graham estarão no elenco, este último como Al Capone, e com Steve como personagem principal.

Boardwalk Empire deverá ir ao ar em 2010.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pete Townshend trabalha em novo musical!

Pete Townshend está escrevendo um novo músical! Diz ele em seu blog que será no mesmo estilo de Tommy e Quadrophenia. Se você é tão fã de The Who e do Sr. Townshend quanto eu, certamente esperará com muita ansiedade por "Floss", que deverá estrear em 2011, após um disco do The Who que está sendo preparado para 2010.

Assista abaixo 2 trechos de Tommy e Quadrophenia, respectivamente:






Pete diz em seu blog que Floss terá muitos efeitos sonoros e será desenvolvido para para performances "outdoor" ou em arenas. É a história de um roqueiro que se aposenta após uma de suas músicas virar tema de um comercial de televisão. Pete quer dar uma visão sobre o envelhecimento estando no auge de seus 64 anos, depois de ter escrito My Generation lá em 1965.

"As a 19 year old – with My Generation – I wrote the most explicitly ageist song in rock. At 64, I now want to take on ageing and mortality, using the powerfully angry context of rock 'n' roll. "

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Goodbye Les Paul

Lester William Polfuss, ou Les Paul, morreu hoje no White Plains Hospital, em White Plains, New York. Conhecido por suas inovações em efeitos de delay e principalmente por ter sido um dos responsáveis pela criação de um dos formatos de guitarra mais famosos do mundo, lançando a Gibson Les Paul, o guitarrista de jazz é considerado um dos maiores influentes e pai da música moderna.

Confira abaixo a música World Is Waiting For The Sunrise, com Mary Ford, sua esposa na época, com quem fez muito sucesso no início da década de 50.



Rest In Peace Les Paul!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

War Child Heroes - Um projeto colaborativo diferente

Um projeto colaborativo que conta com grandes nomes da música fazendo covers de outros nomes da música. Chama-se War Child: Heroes e tem participação de bandas como Franz Ferdinand, TV on the Radio e The Kooks.

Não é um projeto colaborativo comum onde cada músico é convidado para criar uma versão de uma música escolhida pela coordenação, não. O War Child tem por característica que os músicos escolham as músicas que ganharão covers e escolham também quem vai criar esse cover.


O projeto todo visa, no final das contas, ajudar crianças que vivem em zonas de conflito, tendo toda verba da venda de CD's revertida para a ONG War Child.



E assim foi feito e veja abaixo quem escolheu quem nessa brincadeira bonita:

Beck (Bob Dylan - “Leopard-Skin Pill-Box Hat”)
The Kooks (The Kinks – “Victoria”)
The Hold Steady (Bruce Springsteen – “Atlantic City”)
Hot Chip (Joy Division – “Transmission”)
Lily Allen feat. Mick Jones (The Clash – “Straight To Hell”)
Yeah Yeah Yeahs (The Ramones – “Sheena Is A Punk Rocker”)
Franz Ferdinand (Blondie – “Call Me”)
Duffy (Paul McCartney – “Live And Let Die”)
Estelle (Stevie Wonder – “Superstition”)
Rufus Wainwright (Brian Wilson –“ Wonderful & Song For Children”)
Scissor Sisters (Roxy Music – “Do The Strand”)
Peaches (Iggy Pop – “Search And Destroy”)
Adam Cohen (Leonard Cohen – “Take This Waltz”)
Elbow (U2 – “Running To Stand Still”)
The Like (Elvis Costello – “You Belong To Me”)
TV On The Radio (David Bowie – “Heroes”)



Veja abaixo um vídeo que divulga o projeto e o CD:

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Richard "From" Hell

Voltando a fazer postagens medíocres, cá estou eu! haha! Acharam que iam se livrar de mim, ahn? E para sua total e parcial alegria, estou aqui para falar e, como sempre, acabar não falando nada sobre esse rapaz de estatura mediana, da qual eu não faço ideia, conhecido por sua camiseta, 'Please, kill me', Richard Hell. Segundo pesquisas, que exigiu arduamente do pesquisador, o qual não mediu esforços para tal pesquisa, o cara foi um dos inspiradores da cena punk. O magrão aí tocou na banda Television, da qual não colocarei site algum, pois você tem que usufruir da net, ir a luta e pesquisar, dentre outras. Daí, você se pergunta: "o quê, só isso?". Sim, só isso.
Depois de toda essa conversa fiada, colocarei alguns links para você preguiçoso que deseja escutar algo do The Voidoids e do Neon Boys. O que talvez não faça sentido algum,ou talvez todo sentido, mas aí vai...
Richard Hell & The voidoids - Blank Generation (1977)
Neon Boys - Ep

Aproveitem e visitem esse blog meia-boca: http://espacocontra-cultural.blogspot.com

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Tim Leary [Parte 3] - Obras Publicadas

Veja aqui a primeira e a segunda parte da seção Tim Leary.

Durante sua vida, desde textos sobre psicologia, passando por ensaios sobre o uso e efeito de drogas psicodélicas até livros sobre computação e tecnologia, Tim Leary idealizou e escreveu diversas obras, além de colaborar com muitas outras. Destaquei abaixo algumas das mais importantes:

The Interpersonal Diagnosis of Personality. Leary, Timothy. 1957.
Leary criou nesse livro o termo Interpersonal Reflex (Reflexo Interpessoal), analisando o comportamento face-a-face entre as pessoas, onde descobriu padrões de atitudes típicas nessas interações, caracterizando-as como sendo ações de resposta automáticas e espontâneas às situações interpessoais.
"The reflex manner in which human beings react to others and train others to respond to them in selective ways is, I believe, the most important single aspect of personality. The systematic estimates of a patient's repertoire of interpersonal reflexes is a key factor in functional diagnosis".

The Psychedelic Experience: A Manual Based on the Tibetan Book of the Dead. Leary, Timothy and Metzner, Ralph; Alpert, Richard. 1964.

Juntamente com Metzner e Alpert, Leary faz, nesse livro dedicado à Aldous Huxley, uma relação entre a experiência com drogas psicodélicas (como o LSD-25 e Mescalina) e as experiências esperadas no momento da morte de acordo com o "Livro Tibetano dos Mortos". Todo o processo é tratado ao longo dos capítulos, como A serena luz primária vista no momento da ego-perda, O fluxo flamejante da unidade interior, A influência todo-determinante do pensamento, para citar alguns. Ainda fala sobre o planejamento e dosagens para uma sessão com essas drogas. Você encontra uma tradução livre disponível no blog Enteógenos.

High Priest. Leary, Timothy. 1968.

High Priest é uma descrição de 16 "viagens" de ácido, cada uma delas guiada por algum "High Priest", incluindo-se aí Aldous Huxley, Ram Dass, Ralph Meltzner, Huston Smith, entre outros.
No livro, Leary ainda recomenda 19 bandas da época como Beatles, Byrds, Rolling Stones, Jefferson Airplane, Doors, Monkees, Animals... Aqui você encontra a versão completa do livro em inglês, num relançamento de 1995. É só ler e começar a trip.

Flashbacks. Leary, Timothy. 1983.
Flashbacks é a autobiografia de Tim Leary, onde ele revela situações de sua vida, da sua relação com o governo, com a polícia, suas viagens, idéias nos campos da psicologia e tudo o mais, enfim, uma biografia.

Chaos and Cyber Culture. Leary, Timothy and Michael Horowitz, Vicki Marshall. 1994.
Chaos an Cyber Culture é uma visão futurista que discute fatores como autoridade, pensamento independente, criatividade individual e o crescente uso da informática e outras tecnologias. É chamado de um "manifesto cyberpunk", e descreve a nova era onde as pessoas amam a tecnologia e a usam para revolucionar a comunicação.


Claro que muitos ainda devem ser citados, como Start your Own Religion, The Politics of Ecstasy, Info-Psychology, Design for Dying...

Um cara que fala sobre drogas, psicodelia, psicologia, tecnologia, comunicação, música.
Viu só por que a gente gosta tanto dele e faz uma série de posts?

Em breve mais de Tim Leary, na parte 4. Aguarde.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Vídeo de King Rat, do Modest Mouse, dirigido por Heath Ledger

Heath Ledger, depois de ganhar o Oscar póstumo de melhor ator coadjuvante , continua vivo no meio artístico. A banda Modest Mouse acaba de lançar um vídeo idealizado e dirigido pelo ator e finalizado após sua morte pela produtora The Masses (da qual Ledger era sócio) para King Rat, uma música bônus do álbum We Were Dead Before the Ship Even Sank, de 2007, lançado no EP de "B-sides" No One's First and You're Next .





Segundo a Rolling Stone, "era janeiro de 2007 quando a ideia chegou até a banda norte-americana, que na ocasião passava pela Austrália, terra natal do ator. Na ocasião, Ledger foi pessoalmente apresentar o conceito ao frontman do grupo, Isaac Brock. A vontade era denunciar o comércio ilegal das baleias, alvos frequentes de caça predatória na costa australiana."

Franz Ferdinand - Can't Stop Feeling

viu o novo clipe do Franz Ferdinand? 3º single do último CD da banda, o Tonight. O clipe é muito legal e tem um jogo de edição muito foda, pra você ter uma noção Kapranos e companhia jogam tênis com os takes.

Assista então abaixo um clipe do tipo "Não tínhamos nada pra fazer e fizemos um clipe." Preste atenção que Kapranos está até com uma camiseta rasgada.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

UNIQLO Mixplay

A UNIQLO, grife de roupas que atua em Nova York e Tokyo, achou uma maneira bem legal de unir publicidade e música. No site UNIQLO MIXPLAY, você pode criar um mix de diversos instrumentos e efeitos, cada um representando uma das jaquetas coloridas, o verde é uma batida, o rosa é outra, o azul marinho é a guitarra e assim por diante, sem contar os japoneses dançando toscamente. Se pode até gravar suas próprias mini-músicas, como eu fiz aqui.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Humbug, a nova era do Arctic Monkeys


A primeira vez que você ouve o novo CD do Arctic Monkeys, o Humbug, você não gosta. Ao menos isso aconteceu comigo, e com dezenas de pessoas, eu pesquisei no salvador Twitter e, mesmo sem números, creio estar certo. Com suas seguintes audições o CD melhora, ou seria você que amadurece com a banda? Amadurece?
"@pieg: #Humbug só cresce. Quanto mais vc escuta, melhor fica. Quem disse que não existe empolgação no disco não conseguiu ouvir o "AAAH" em potion."
http://twitter.com/pieg
Humbug foi produzido por duas pessoas, na verdade foi 80% produzido por uma e 20% produzido por outra. Essas pessoas são Josh Homme e James Ford.

Após o anúncio de que Josh Homme, conhecido por ter fundado o Queens of the Stone Age, produziria o 3º álbum do Arctic Monkeys todos pensaram que o álbum iria ser o mais pesado dos garotos de Sheffield, algumas semanas antes do lançamento do primeiro single, integrantes da banda já revelaram que não seria bem assim, isso se confirmou.
"@timid_advances: Ao menos pelo que ando lendo pelo Twitter, muita gente tem uma aversão inicial ao #humbug, mas acaba gostando depois. Por quê será?"
http://twitter.com/timid_advances

O álbum vazado do Monkeys é bastante diferente da linha que eles estavam tomando com o Favorite Worst Nightmare, mas não deixa de ser ruim. Os críticos gostam de dizer que a banda 'amadureceu' o que é uma coisa muito relativa, é muito fácil dizer que uma banda amadureceu.

"@xandeassmann: novo cd do arctic monkeys #humbug : mais pesado e em um tom "menos festinha" que os anteriores."
http://twitter.com/xandeassmann

Tudo começa com My Propeller, com um clima completamente doado por Josh Homme ao Arctic Monkeys e um Alex Turner irreconhecível. Crying Lightning, o single, a música que mais lembra os antigos CD's da banda. Dangeurous Animals, para mim a melhor música do CD, uma pegada ótima no baixo, relativamente dançante e com o refrão soletrado, ótimo. Secret Door, uma baladinha? Uma marchinha de carnaval 2.0? Creio que seja a música em que Turner mais fala rápido, bom para as bandas cover. Potion Approaching, o início me lembrou You realy got me do Kinks, mas devo estar viajando. The Fire and The Thud, é viajante, vocal ao estilo do QOTSA, bem diferente vindo do AM, o refrão me lembra muito o Josh Homme cantando. Cornerstone, uma baladinha, tranquila, e mostra que Josh Homme está influenciando Turner na sua maneira de cantar. Dance Little Liar, é solos, e tremidas. Pretty Visitors, um orgão, que seria aquilo? Bem parecida com o antigo Arctic Monkeys, nessa faixa Matt Helders trabalha bastante. The Jeweller's Hands é a mais diferente das músicas creio eu, talvez seja um aviso do que virá nos próximos albuns?

"@eduzanelato: CD novo do Arctic Monkeys é bom, ñ mais q isso. Prefiro os anteriores, são mais "dançantes". Não que eu goste de dançar, mas enfim."
http://twitter.com/eduzanelato

Um bom álbum, diferente, a banda mudou. Se você ouviu uma vez e não gostou, ouça mais, melhora com o tempo, você se acostuma com o tempo. A banda amadureceu? Creio que não, só mudou, uma banda precisa ser madura pra fazer sucesso. Se não for madura, não fará.


Abaixo você assiste ao clipe do 1º single do Humbug - Crying Lightning:



Gostaria de registrar que não sei escrever reviews, resenhas ou o nome que tenha isso, de CD's, perdoem a minha mediocre estréia no Music Plus Vellocet.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Tim Leary - Parte 2 [Citações musicais]

Veja aqui a primeira parte da seção Tim Leary.

Tim Leary foi um grande influente na contracultura nos anos 60 e na segunda metade do século passado. Essa influência pode ser vista pela longa lista de músicas que o citam em suas composições. "Brian Wilson, dos Beach Boys, diz que fez sua obra-prima, o disco Pet Sounds, após seguir os conselhos de Timothy Leary; os Beatles admitiam que jamais teriam composto Sergeant Peppers Lonely Hearts Club Band sem terem tido a influência do guru"(matéria de Claudio Tognolli para a revista Galileu).

Além de Come together, dos Beatles, feita para sua campanha a governador em 1969, o The Who também usou seu nome no refrão da música The Seeker: "I asked Bob Dylan, I ask the Beatles, I ask Timothy Leary, but they couldn't help me either". O The Moody Blues, em talvez sua canção de maior sucesso, faz um tributo a Timothy Leary. Legend of a Mind diz "Timothy Leary's dead. No, no, no, no, He's outside looking in", e em alguns trechos fala da experiência psicodélica: "He'll fly his astral plane, takes you trips around the bay, brings you back the same day".





Outra banda que tem o cara como tema principal um uma música é o Nevermore, com Timothy Leary. "A wise man came across the sea, In search of LSD philosophy, With open heart and open mind, To find the goodness in mankind". As bandas Skinny Puppy e Nine Inch Nails usam um discurso de Leary em suas músicas Left Hand Shake e Fist Fuck, respectivamente.
Trechos aparecem também na música Third Eye da banda Tool e Psychedelic Ice Wind do Dj Peter Kubala .
Let the Sunshine in, do musical Hair menciona seu nome: "Our space songs on a spider web sitar, Life is around you and in you, Answer for Timothy Leary, dearie".

Leary canta a música "Give peace a chance" com John Lennon e Yoko Ono em 1969. Veja no vídeo abaixo, Tim aparece a partir de 2:08''.



Trecho retirado do livro ", A EXPERIÊNCIA PSICODÉLICA - UM MANUAL BASEADO NO LIVRO TIBETANO DOS MORTOS", de Timothy Leary, Ralph Metzner e Rick Alpert (em tradução livre):

"As mais dramáticas visões auditivas ocorrem com música. Assim como todo objeto irradia um padrão de elétrons e pode tornar-se a essência de toda energia, também toda nota musical pode ser sentida como energia nua temendo no espaço, eterna. O movimento das notas, como o bate-rebate dos feixes oscilográficos. Cada uma capturando toda a energia, a cota elétrica do universo. Nada existindo a não ser a nítida e aguda ressonância na membrana do tímpano. Revelações inesquecíveis a respeito da natureza da realidade ocorrem nesse momento."

Se você souber de outras referências e influências de Tim Leary, não hesite em comentar!"

Quadrinhos Rock

Abaixo alguns quadrinhos feitos por Everton Augusto Borges, divulgados no Whiplash.




quarta-feira, 22 de julho de 2009

Possum Deathspree - Os gambás sangrentos!

Essa pequena série online é a história de gambás assassinos e sua luta contra os humanos. Uma sátira muito bem feita e engraçada dos filmes de terror.

" - You're afraid of a racoon?
- That's a possum."


No site da série da atom podem ser baixados wallpapers, avatars, jogar o joguinho tentando matar alguns dos gambás além, é claro, de ver os 3 episódios disponíveis. Ou então, assista-os abaixo, depois dos comerciais. E viva as jorradas de sangue!

Possum Death Spree, Episode 1

Possum Death Spree, Episode 2

Possum Death Spree, Episode 3
A atom ainda tem outras séries engraçadas como a Legend of Neil.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Shynola [Coldplay - Strawberry Swing]

Depois de divulgar com um trailer, já está disponível na internet o clip da música Strawberry Swing do Coldplay, faixa do álbum Viva la Vida or Death and All His Friends, de 2008.
O vídeo completo foi removido do youtube, mas ainda pode ser visto aqui. Feito em stop-motion, achei o clipe dirigido pelo grupo Shynola genial. Parece que stop-motion está na moda mesmo.

Abaixo outros vídeos dirigidos pelo grupo:




segunda-feira, 20 de julho de 2009

Tim Leary - [Introdução]

A partir de hoje estaremos iniciando uma série de posts sobre Tim Leary. Isso mesmo, uma série. Porque um cara tão importante e genial quanto este não poderia ficar restrito a poucas linhas. Se você nunca ouviu falar dele, prepare-se para uma viagem lisérgica através de experiências e pensamentos filosóficos sobre os mais importantes fenômenos da psique humana. Se já o conhece, não hesite em contribuir com suas opiniões e curiosidades.


Timothy Leary foi um dos maiores pensadores e expoentes da contracultura do século XX. Conhecido por suas experiências e defesa dos benefícios do uso de LSD, tem influências gigantescas nos campos da psicanálise, da música, da literatura e da ciência. Phd e professor de Harvard(posteriormente expulso da universidade), concorreu ao governo da Califórnia em 1969 contra Ronald Reagan. Com o lema "Come together, join the party", o guru Leary inspirou John Lennon a escrever a música para sua campanha, posteriormente lançada no álbum Abbey Road.



Um diálogo famoso entre Tim e Aldous Huxley, autor de As portas da percepção e Admirável mundo novo, discorre sobre a religião e as drogas:

- Todas essas drogas cerebrais produzidas em massa nos laborátórios provocarão mudanças enormes na sociedade. E isso vai acontecer independentemente de mim ou você. Tudo o que podemos fazer é espalhar a notícia. O maior obstáculo para a evolução, Timothy, é a Bíblia.

- Não me recordo de nenhuma discussão sobre drogas cerebrais na Bíblia.

- Você se esqueceu dos primeiros capítulos de Gênesis? Jeová disse para Adão e Eva : ‘Eu contruí esse refúgio maravilhoso a leste do Éden. Vocês podem fazer o que quiserem, exceto comer do fruto da árvore da Sabedoria’.

- Foi a primeira substância controlada.

- Exatamente. A Bíblia começa com uma lei antidrogas.



Alguns trechos sensacionais de Flashbacks, a autobiografia de Tim Leary:

"Visto que as drogas psicodélicas expõe-nos a níveis diferentes de percepção e experiência, usá-las significa entrar em uma aventura filosófica, obrigando-nos a confrontar a natureza da realidade com os nossos frágeis sistemas subjetivos de crenças. A diferença é a causa do riso, do terror. Nós descobrimos abruptamente que fomos programados todos esses anos, que tudo que aceitamos como sendo realidade é apenas uma construção social."

"Nesses 21 anos, desde o dia em que comi cogumelos em um jardim no México, venho dedicando a maior parte do meu tempo e energia à exploração e à classificação desses circuitos cerebrais e de suas implicações na evolução, no passado e no futuro. Em quatro horas, à beira da piscina em Cuernavaca, aprendi mais sobre a mente, o cérebro e suas estruturas do que nos quinze anos anteriores como psicólogo dedicado.”


Abaixo a primeira parte do vídeo "How to Operate your Brain". As legendas tiram um pouco o foco, mas o que fazer se nem todos, inclusive eu, possuímos fluência em Inglês?



Veja a segunda e terceira parte no youtube.
Parte 2
Parte 3

Em breve a sequência dessa série de posts, com mais informações, curiosidades e, claro, lisergia!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ian Curtis

Prepare o bolo, as velinhas, chame seus amigos, pegue algumas pás e cante parabéns para o aniversariante Ian Curtis, que hoje completaria 53 anos!
Só tenho a dizer que achei esse site muito bacana onde um rapaz fez o trabalho de colocar os links dos álbuns para baixar, então, não perca tempo e baixe essa porra toda lá, meu jovem!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Top 50

É velho, eu sei, mas resolvi postar aí uma lista de 2004 da revista Rolling Stone dos 50 maiores artistas de todos os tempos. Não sou muito adpeto de listinhas como essa, mas é legal pra lembrar de alguns artistas e ver outros que você pode conhecer melhor.
No geral até que a lista não é tão ruim, mas sempre gera controvérsias. Gostei de ver que aparece o grande The Clash, mas senti falta de bandas como Pink Floyd, Sex Pistols e New York Dolls.

No site da Rolling Stone está a lista com links para matérias sobre cada um dos artistas. Vale a pena ler algumas.

1) The Beatles



2) Bob Dylan
3) Elvis Presley
4) The Rolling Stones
5) Chuck Berry
6) Jimi Hendrix
7) James Brown
8) Little Richard
9) Aretha Franklin
10) Ray Charles
11) Bob Marley
12) The Beach Boys
13) Buddy Holly
14) Led Zeppelin
15) Stevie Wonder
16) Sam Cooke
17) Muddy Watters
18) Marvin Gaye
19) The Velvet Underground
20) Bo Diddley
21) Otis Redding
22) U2
23) Bruce Springsteen
24) Jerry Lee Lewis
25) Fats Domino
26) The Ramones
27) Nirvana
28) Prince
29) The Who
30) The Clash
31) Johnny Cash
32) Smokey Robinson
33) The Everly Brothers
34) Neil Young
35) Michael Jackson
36) Madonna
37) Roy Orbison
38) John Lennon
39) David Bowie
40) Simon and Garfunkel
41) The Doors
42) Van Morrison
43) Sly and the Family Stone
44) Public Enemy
45) The Byrds
46) Janis Joplin
47) Patti Smith
48) Run-DMC
49) Elton John
50) The Band

Blitzen Trapper

Pra quem não conhece a banda Blitzen Trapper, assim como eu até hoje, aí vão alguns vídeos da banda. O som folk é bem legalzinho e o vídeo da música Black River Killer é simplesmente genial. Vale o post.






sábado, 27 de junho de 2009

Stalker - Сталкер

Poucos filmes possuem uma atmosfera como a de Stalker, de 1979. O longa russo, do diretor Andrei Tarkovsky é daquele tipo de filme que se vê e é impossível de não ficar intrigado e a fim de dar uma pesquisada a mais. Antes de falar alguma coisa, veja o trailer abaixo. Não vou análisar a obra, repleta de significações e uma das mais incríveis de todos os tempos, pois tem gente que já análisou muito bem aqui e aqui, por exemplo, melhor do que eu faria.



Pesquisando descobri coisas muito interessantes, que dão continuidade à mística do filme. As filmagens aconteceram nas instalações de uma usina nuclear abandonada na Estônia, e os três atores principais e o diretor, além de outras pessoas da produção, acabaram morrendo devido a tumores provavelmente causados pelas ruínas radioativas do local. Muitos consideram Stalker uma versão anterior, quase que uma "premonição" do desastre de Chernobyl na Ucrânia em 1986. Inclusive o jogo de computador S.T.A.L.K.E.R, lançado em 2007 e baseado no filme, tem seu cenário adaptado à Chernobyl. Outro detalhe curioso é que em uma das cenas pode ser visto um calendário com o dia 28 de dezembro faltando. Tarkovsky teve sua morte anunciada em 29 de dezembro de 1986, mas na verdade ele morreu no dia 28, 7 minutos antes da meia noite.

Teorias e coincidências a parte, Stalker não deve ser visto como um simples entretenimento, e é com certeza uma das maiores preciosidades cinematográficas que já vi.


“Quando o homem nasce, é fraco e flexível; quando morre é impassível e duro. Quando uma árvore nasce, é tenra e flexível; quando se torna seca e dura, ela morre. A dureza e a força são atributos da morte; a flexibilidade e a fraqueza são a frescura do ser. Por isso, quem endurece, nunca vencerá…”
Stalker

Irish Spirit


Na sequência da série O Bom e Velho Rock'n'Roll, segundo A Clockwork Orange, falemos sobre coisas irlandesas. Afinal, esse livrinho que serviu de inspiração ao nome do blog se passa na cidade de Dublin, capital da Irlanda. Além disso, quem não lembra da memorável cena do filme, onde o pobre vekio bêbado cantarolava Molly Malone, até ser interrompido para saciar a sede de diversão e violência de Alex e seus droogs? "In Dublin's Fair City, where the girls are so pretty. I first set my eyes on sweet Molly Malone..."

O bravo povo irlandês sempre se caracterizou pelo bom-humor e pelas piadas, pela rebeldia, pela queda por brigas e pelo elevado apreço por bebidas alcoólicas. A Irlanda nos faz lembrar de James Joyce e Family Guy. Então, como poderia esse blog não prestar homenagem à um povo com tantas virtudes?

A tradição musical irlandesa vem de tempos remotos. A música Celta (um controverso termo designado para classificar as músicas folclóricas da Irlanda e da Escócia) chegou aos Estados Unidos durante sua colonização e tem extrema influência sobre a música Hillbilly e a Country Music. Isso se deve ao massivo povoamento irlandês e escocês no Novo Continente. Os principais instrumentos desta música de raízes milenares são a gaita de fole, a flauta irlandesa, o violino, o acordeão, o bandolin e o banjo.

As primeiras bandas a eletrificar antigas canções populares celtas, como The Dubliners e The Clancy Brothers, podem ser consideradas influentes na origem do Celtic/Irish Punk.

Pois é, camaradas. O bastardo Punk Rock também deu um jeito de incorporar a música Celta. A banda escocesa The Skids, nascida em meio à explosão Punk de 1977, foi provavelmente a primeira a adicionar o tempero celta na música Punk, com o seu álbum Joy, de 1981. Outra banda punk irlandesa (mas estes vindos da tumultuada vizinha Irlanda do Norte) que merece ser lembrada são os Stiff Little Fingers. Conhecidos como o The Clash irlandês, sempre demonstraram um forte engajamento político em suas letras, onde condenavam a forma que irlandeses se matavam em confrontos entre separatistas republicanos (que queriam independência do Reino Unido para se unir à Irlanda) e legalistas (que apoiavam o regime inglês na Irlanda do Norte). No entanto, o SLF nunca foi marcado pela influência sonora da música folclórica irlandesa, fazendo um Punk Rock mais simples e visceral.


Mas foi com o inglês Shane MacGowan e seus The Pogues que essa nova fórmula começou a ser realmente levada a sério. Assim, os Pogues pode ser considerada a primeira banda genuinamente Celtic/Irish Punk. Shane MacGowan, que além da descedência irlandesa, morou alguns anos de sua infância no país, era o típico beberrão desdentado que esperamos que um irlandês seja. Ele diz que bebeu pela primeira vez aos 4 anos. Depois dos anos de glória da banda - que lançou pelo menos dois clássicos do gênero: Red Roses for Me (1984) e Run Sodomy & the Lash (1985) - MacGowan foi mandado embora dos Pogues por comportamento pouco profissional. Mas, ao mesmo tempo que levava um estilo de vida auto-destrutivo, sua bagagem cultural, seu conhecimento sobre história e nacionalismo irlandês, além de uma voz que "tocava o coração e a alma" (segundo o mítico apresentador Jools Holland), lhe proporcionaram o devido respeito e credibilidade no cenário Punk. A partir da música dos Pogues, uma leva de bandas seguidoras do estilo surgiu. The Men They Coudn't Hang, The Tossers, The Mahones...

Foi então formada, em 1996, uma banda norte-americana de descedentes de irlandeses, baseada em Boston e que levou o Irish Punk à um novo patamar, trazendo visibilidade e até mesmo popularidade ao gênero. Os Dropkick Murphys uniram o espírito rebelde e cervejeiro da música irlandesa com os ideais de orgulho da classe trabalhadora e o fanatismo por esportes, além de trazerem um som mais pesado que o de seus antecessores. Em outras palavras, o que os Dropkick Murphys fizeram foi pegar os elementos das primeiras bandas de Irish Punk e adicionar uma pegada Oi! à receita - e, de fato, a devoção à cultura Oi! é publicamente reconhecida pela banda. Surgia assim uma geração de grupos que mostraram a nova fuça, mais agressiva, do Irish Punk atual. Na cola dos Murphys, vieram o Flogging Molly, The Real McKenzies, Blood or Whiskey e Flatfoot 56, entre outras.


Um dos álbuns que melhor captaram a essência do som e do espírito dos Dropkick Murphys é o disco gravado ao vivo durante o St. Patrick's Day, o mais famoso feriado da cultura irlandesa ao redor do mundo. A música I'm Shipping Up to Boston ainda fez parte da trilha sonora do filme The Departed (no Brasil, Os Infiltrados), que trata sobre a máfia irlandesa residente nos Estados Unidos. A banda é formada por torcedores adeptos e fanáticos por seus clubes, algo não tão comum de ser visto nos Estados Unidos quanto o é na Europa e na América do Sul. Eles apoiam os três principais times da cidade de Boston: os Red Sox (baseball), os Boston Celtics (basquete) e os Boston Bruins (hóquei).

Para quem leu até aqui e sentiu um interesse maior não só pelo Celtic/Irish Punk, mas também pela música irlandesa em geral, eu sugiro uma escutada nas coletâneas Irish Drinking Songs e Irish Rebel Songs. A primeira aborda o lado festeiro, briguento e beberrão dos irlandeses, enquanto a segunda traz músicas rebeldes que tematizavam a luta política do povo. As compozições trazem temas como o apoio ao separatismo norte-irlandês, o republicanismo e o triunfo perante os dominadores britânicos. Estes, aliás, são sempre lembrados com os mais diversos e criativos "elogios" nas composições irlandesas.

A questão é: como não adorar um povo que acha que é melhor estar brigando à estar sozinho, que ignora qualquer coisa que não possa beber e que acredita que só não dominou o mundo porque bebem demais?
Eis aqui, então, uma justa homenagem do Musicplusvellocet à um dos povos mais afudês que já pisaram, demoliram pubs e beberam sobre a Terra. Quando tiverem a oportunidade de conhecer o país, o faça sem pestanejar. A hospitalidade irlandesa é famosa e o mundo inteiro a conhece. Exceto, é claro, os malditos ingleses!


-----------

The Pogues - Rum Sodomy & the Lash (1985)
Dropkick Murphys - Live on St. Patrick's Day (2003), parte I
Dropkick Murphys - Live on St. Patrick's Day (2003), parte II
Flogging Molly - Drunken Lullabies (2002)
(VA) Irish Punk Drinking Songs
(VA) Irish Pub Songs
Whiskey in the Jar - 20 Great Irish Drinking Songs (2002), parte 1
Whiskey in the Jar - 20 Great Irish Drinking Songs (2002), parte 2
(VA) Irish Rebel Songs (1963)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Billie Jean no more!


Auuu...!
Hoje morreu Michael Jackson. Sim, ele mesmo! E, claro, você já sabia disso antes de ler aqui!
Não irei falar sobre a vida do cara, pois você já sabe. Não citarei cds, nem músicas e nem porra nenhuma, porque você já deveria conhecer o trabalho do pedófilo mais conhecido no mundo.
Ele que já foi homenageado com jogos, já apareceu em copo de refrigerante e dentre outras coisas mais, hoje Michael é história, e talvez purpurina!
Já que Michael se foi, agora é a hora de você aprender seus passos. Isso mesmo, mais do que nunca você vai poder apresentar para todos seus amigos o quão gay... digo, o quão Jackson você é. Aprenda o Moonwalk e dentre outros passos para você arrasar nas festinhas do seu apê e na casa dos seus amigos!
E, para quem curte o cara dançando, aqui vão alguns vídeos:

terça-feira, 23 de junho de 2009

Corte minha Conexão

O deputado Geraldo Tenuta Filho do DEM de São Paulo resolveu criar uma lei que de tão absurda, ele mesmo reconheceu: "sabemos que serão apontadas inconstitucionalidades no projeto, mas acreditamos que será, pelo menos, uma maneira de começarmos a discutir novas maneiras de ver o direito autoral na internet". Grande frase. Discutir "novas maneiras de ver o direito autoral" fazendo uma lei que, se aprovada, poderá cortar a conexão de internet dos usuarios que compartilharem músicas e vídeos. Um diálogo muito aberto. Depois da bizarrice de uma americana ser condenada a pagar quase 2 milhões por fazer download de músicas, mais essa. Seria até engraçado ver os provedores de internet obrigados a cortar a conexão de milhões de seus usuários. Certamente algo muito dentro da realidade.
Um argumento muito utilizado pelas pessoas que apóiam um maior controle e regulamentação do compartilhamento de arquivos é o de que a produção cultural vai ser desestimulada, pois o artista receberá menos pela suas criações. Algo que eu sempre pensei e que foi comprovado por uma pesquisa da Harvard Business School, é que o lucro maior dos artistas não é com venda de álbuns, pois a maior parte desse dinheiro vai para as gravadoras, que têm um faturamento absurdo. A maior fonte de renda dos músicos vêm de outros fatores como shows ou publicidade. Desde 2000, o lucro dos artistas com shows cresceu e a produção duplicou. Outro aspecto da pesquisa aponta que a indústria fonográfica está com seus ganhos melhor distribuídos. As gravadoras estão diminuindo os lucros enquanto empresas relacionadas ao mundo musical estão aumentando os seus.

Para os músicos espertos e que não fazem comparações idiotas pressionados pelas gravadoras, a internet deve ser vista como uma forte aliada. Ela facilita muito o acesso dos fãs às suas músicas, aumentando o reconhecimento se sua música for realmente boa. Este é um fator que me agrada muito. Percebe-se uma crescente(embora ainda não tão grande assim) despadronização da música. Com mais espaço para bandas independentes e diferentes não somos forçados a ouvir sempre a mesma coisa ou o que é "comercialmente viável". Para mim esse seria um dos maiores frutos do novo modelo de produção musical que as gravadoras teimam em tentar frear. Cada um teria a liberdade de escolher o que escutar, o mainstream seria mais amplo e não tão controlado pelas mesmas empresas e visões de sempre.
Talvez seja uma idéia utópica, mas vejo como uma realidade cada vez mais próxima se pessoas totalmente fora do contexto como o nosso camarada Bispo Gê Tenuta forem gentilmente convidadas a se antenar no que acontece no mundo e nas mídias.

Deixo como sugestão o documentário STEAL THIS MOVIE (Roube este Filme), que ajuda a entender o contexto disso tudo.

domingo, 21 de junho de 2009

O mago do rock'n roll


Em 14 de abril de 1945 na cidade de Weston-Super-Mare, Inglaterra, nascia um dos guitarristas mais virtuosos da história do rock, que traria ao mundo algumas das bandas mais famosas de uma geração, tanto direta como indiretamente, e é agora alvo deste post.


Richard Hugh Blackmore, ou como ficou conhecido no mundo da música, Ritchie Blackmore, teve sua iniciação na música ainda cedo, quando aos 10 anos seu pai lhe comprou um violão e lhe deu algumas aulas de violão clássico. Sem muito talento Ritchie não progediu muito no instrumento, até que aos 13 anos de idade seu pai ameaçou quebrar o violão na sua cabeça caso não aprendesse a tocar direito. Funcionou.

Após ficar muito tempo tocando em orquestras e igrejas, Ritchie recebeu o chamado do rock'n roll. A a partir daí tocou em bandas como Heinz & Wild Boys, Screaming Lord Sutch (por onde também passaram Alice Cooper, Jimmy Page e Tom Jones), The Outlaws, Glenda Collins e BOZ. Finalmente em 1968 juntamente com Rod Evans (vocalista), Nick Simper (baixo), Jon Lord (teclados) e Ian Paice (bateria) Ritchie fundou Deep Purple. Não muito tempo depois Rod e Nick foram substituidos por Ian Gillan (vocalista) e Roger Glover (baixo) e com essa formação a banda criou albuns memoráveis.

Talvez para os menos conhecidos da banda somente hits como Smoke on the Water e Burn, mas algumas músicas como Black Night e Strange Kind of Woman também fizeram os corações dos fãs. Em 73 Ian Gillian e Roger Glover deixaram a banda para seguir carreira solo, ou em outras bandas, e foram substituídos por David Coverdale e Glenn Hughes respectivamente. A partir desse momento os problemas de Ritchie começaram. Em 74 no California Jam(talvez um dos melhores shows da banda) Ritchi se recusou a entrar na palco depois de bandas como Black Sabbath e Eagles, pois os efeitos de luz planejados para o show não funcionariam naquele horário. Incrivelmente irritado, Ritchie foi arrastado ao palco pelo xerife local, mas não deixaria a situação passar tão fácil. Durante a apresentação Ritchie quebrou diversas de suas guitarras, explodiu alguns amplificadores e jogou tantos outros para fora do palco, e para desespero dos organizadores destruiu uma camera no valor de 12 mil dólares. Ao fim do show a banda fugiu da ira dos produtores da ABC em um helicóptero e tudo ficou nisso mesmo.

Não muito tempo depois Ritchie largou a banda e criou o Ritchie Blackmore's Rainbow, vulgo Rainbow, que seria a banda perfeita do guitarrista. Nunca o Rainbow teve uma formação igual por muito tempo, o desafeto de Ritchie com os membros da banda fazia com que sempre a banda mudasse de integrantes e também de estilo. Desse rodízio de músicos nomes como Dio, Cozy Powell e outros fizeram sucesso em bandas como Black Sabbath e no caso de Cozy, na banda de Jeff Beck. Quando a banda atingiu o seu ápice comercial Ritchie decidiu terminar com o projeto e em 1980 voltou para o Deep purple junto com Roger Glover(que também tocou no Rainbow) para um dos grandes momentos da banda.



Após alguns albuns feitos Ritchie se desentendeu com Ian Gillian e a banda perdeu seu guitarrista. Em 1997 Ritchie se juntou com Candice Night - sua companheira - e fundou o Blackmore's Night, uma banda completamente fora do estilo rock'n roll pregado por Ritchie e agora com uma vertente renascentista que dura até hoje. Talvez uma das piores decisões de Ritchie, embora a banda tenha um repertório de grandes músicas e é parte importante para se entender a trajetória desse grande músico.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

The Ventures

  • Morreu Bob Bogle (não sei o dia, pois nem os sites que eu pesquisei chegam a uma conclusão, mas o fato é que o cara morreu) Você sabe quem é, ou melhor, quem era esse rapaz? Bem, eu não sabia.
    Bob Bogle era guitarrista da banda de surf rock The Ventures.
    Antes de falar um pouco sobre Bob Bogle, falarei sobre a banda, e acabarei falando somente sobre a banda, pois a preguiça é grande.
    The Ventures é uma banda instrumental estadunidense formada em 1958, em Tacoma, Washington. É conhecida por seus clássicos Walk Don't Run, Surf Rider, Journey To The Star, Driving Guitars, Yellow Jacket e Bumble Bee Twist.
    Com certeza você já escutou tais músicas em algum filme ou algo relativo. Eu conheci “Bumble Bee” em um filme da Disney. Nesse filme havia abelhas, creio que por uma grande coincidência, e outras coisas que não lembro. Mas, bem, o que importa é que rolou toda aquela nostalgia e tal. Até tentei procurar o filme, mas sem sucesso!
    A música “surf rider” foi usada no filme Pulp Fiction, daquele rapaz desconhecido chamado Tarantino “O racista”.
    A banda começou de maneira independente, tocando em pequenos bares. Na época, compuseram e gravaram "Walk Don't Run", um de seus maiores sucessos, mas nenhuma gravadora se interessou pelo som. A solução encontrada foi fundar uma pequena gravadora, a "Blue Horizon Records". Trabalhando como seus próprios produtores, gravaram a música em formato single em vinil de 45 rpm e começaram a se auto-promoverem.
    A Banda produziu mais de 200 álbuns em CD, 250 àlbuns em formato LP e 150 (45rpm) compactos (haja saco para gravar tanta coisa!) . Mais de 110.000.000 de unidades vendidas. 40.000.000 somente no Japão.

Para quem quiser conhecer a banda, aqui vai alguns links (creio que alguns sejam coletâneas com o nome de álbuns, alguns expiraram, alguns morreram pelo caminho, outros pararam para tomar uma cerveja, mas tá valendo):

The Ventures – Walk don’t Run (1960)
The Ventures - 1962 - Bobby Vee Meets The Ventures
The Ventures – Guitar Freakout

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Hunter Thompson - plus Baldwin



Quem ainda não leu ou assistiu "Medo e Delírio em Las Vegas", certamente está perdendo a chance de viajar com um dos maiores clássicos da contracultura. O livro escrito pelo Doutor-chapatin Hunter S. Thompson, originador e grande difusor do jornalismo gonzo - um tipo de narrativa jornalística em que os fatos são vistos de maneira subjetiva, com envolvimento do narrador e observados a partir da percepção do mesmo - consegue ao mesmo tempo nos deixar freqüentemente perdidos na história e nos prender de uma maneira incrível. Nos diversos momentos em que os fatos parecem desconexos, embarcamos junto com Raoul Duke(Hunter Thompson) e suas manias de perseguição, chapas muito loucas e impulsos nervosos. Fica difícil distinguir o que é real e o que vem da mente sempre entorpecida sob forte efeito de drogas como mescalina e LSD, só pra não falar muito. Apesar de à primeira vista parecer quase impossível, o filme de 1998, dirigido por Terry Gilliam, conseguiu fazer uma adaptação fora de série para o cinema. Li o livro antes de ver o filme, e este último superou minhas expectativas, contando com Johnny Deep como Thompson e Benicio del Toro como o advogado "Dr. Gonzo".

Um cara que provavelmente curtiu o livro e o filme ainda mais que eu foi o designer americano de 23 anos Johnathan Baldwin. Ele criou um jogo de tabuleiro inspirado nessa viagem psicodélica, que conta até com uma maleta cheia de drogas, exatamente como a do nosso amigo Hunter. Pra desgosto de alguns mais adeptos, as drogas são apenas fictícias, mas nada impede(exceto as leis do nosso país) que você torne essa ficção um pouco mais real...
O jogo está à venda no ebay por um preço inicial de 200 dólares. De acordo com o site, o produto é único e não serão produzidos mais exemplares.

Clique na imagem para ampliar

Pra finalizar(e também fugir completamente do assunto), eu não podia deixar de postar um curta que me mostraram hoje. Valem a pena os poucos minutos. Taí: Spider.

Em busca do Sonho Americano, um abraço ácido a todos!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Soundtracks - a alma do negócio

Depois de muito pensar, cheguei a conclusão de que as trilhas sonoras (soundtracks) são a alma de um filme.Tais,assim como a alma, sã aquele elemento escondido e às vezes quase subliminar, e porque não sublime,que,uma vez retiradas de um filme acabam com o mesmo.Se por exemplo, Born to be Wild fosse retirada do início de Easy Rider,talvez toda a mística e grandiosidade do filme seria ofuscadas, nada seria mais apropriado para o momento do que aquele Ôde à estrada e ao espírito livre e rebelde.
Já dentro desse pensamento, imagino quem será tal pessoa que tem tamanha tarefa de escolher as músicas que servirão de trilhas para um filme, e talvez antes mesmo de completar esse pensamento, peço para que o leitor assíduo preste atenção ao nome dado a tais músicas.Ora pois, são trilhas pelo amor de Deus! E o que são trilhas senão aquele guia indispensável para que algo de certo. Sigamos em frente. O encarregado das trilhas talvez seja a pessoa com a maior carga de responsabilidade dentro de uma produção áudiovisual. Seja participante de um filme épico, ou de algum pornô barato vendido por 5 reais no Centro, a escolha correta de uma música pode ser crucial para o sucesso de um filme.Exemplos poderiam ser citados aos montes,mas no momento uma hipótese parece rondar a minha mente. O que seria de Star Wars, e especialmente do personagem Darth Vader, se nas suas aparições fantasmagóricas a música Thriller de autoria do pedófilo de plantão Michael Jackson fosse utilizada? A idéia me dá calafrios.